quinta-feira, 21 de julho de 2011

Crer em Deus ( A escolha certa )




A escolha certa!Será que escolhemos crer em Deus? Porque chamo de "certa"?

É, temos um problema na abordagem comportamental em relação a escolha, como já comentado neste blog a escolha não é escolha baseado num desejo inato, mentalista ou na essência do sujeito. Para o existencialismo p.e. ser livre e escolher é uma condição ontológica do ser humano, sabendo de antemão que o homem está condenado a ser livre. Sempre suspeitei desta liberdade de escolha, mas nunca aceitei que não poderia escolher até que:
Até que li a história de Adão novamente: Lá está Adão no Éden, e junto com ele Deus.Quem é Deus para Adão? Será que ele nasceu desejando servir a Deus, no minimo na primeira vez que ouviu a voz do Todo Poderoso levou um susto. Imagino a pergunta de Adão: Quem é você? Enquanto experimentava os seus cinco sentidos Deus já explicava como foi parar ali.
Quando aprende sobre como sobreviver no Éden aprende também a conhecer o seu Criador, a saber; a sua economia ( Plano ).Conheceu a arquitetura Divina, Adão ouviu atentamente o que o manteria feliz ( sem estímulos aversivos ), soube sobre a queda de lúcifer e suas dores por desobedece-lo, etc.

O que temos aqui é um histórico de contingências reforçadoras para que Adão não exiba comportamentos que o faça sofrer. Mas então Adão escolheu sabendo das consequência?
Sim! As propostas da serpente para Eva e o envolvimento afetivo e cuidado parental com Adão foram mais convincentes ( reforçadores ). Essas contingência entrelaçadas foram decisivas na escolha de Adão e Eva, digamos que o condicionamento de Deus sobre ambos perdeu a força mediante um novo estimulo. Para Skinner o homem é livre a medida que controla as situações que o controlam. E no caso de Lucifer, o mesmo utilizou-se do comportamento verbal, hábil e conhecedor do comportamento humano, triunfou.

"Não há autonomia. Há pessoas na sociedade em busca de autonomia, autonomia essa que no minimo tem que se submeter a ética."

Toda escolha esta mediada pelos estado fisiológicos cerebrais sempre considerando o ambiente no qual está inserido. Lembrando da ontogênese, filogênese e sociogênese.
Toda a tradição da reflexão teológica sobre a complexidade do ato de crer é um exemplo da relação entre, pelo menos, estas três dimensões: intelectual, afectiva e prática. Tomás de Aquino se utilizou destas dimensões, na tentativa de fazer uma união entre fé e razão.

Nossa fé é intelectual, afetiva e prática. É pena que o mundo eclesiástico tem medo de por a prova sua fé, toda ciência é aversiva a estes. Este condicionamento foi baseado no medo, medo de não saber responder a razão de sua fé.
Por isso as igreja ainda é o império dos alienados.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Crer em Deus



A proposta deste blog é fazer uso da análise comportamental ( Behaviorismo radical )teoria essa não dada a subjetividade e portanto exige-se muito de quem está arriscando esse pressuposto. Ser ateu é muito normal dentro desta abordagem psicológica, difícil é ter crentes em Deus.
Muito bem eu creio em Deus!
Minha experiencia religiosa me gerou tal aprendizagem ( a minha sociogênese).Para quem não sabe, Skinner trata de três níveis de determinação do comportamento: Filogênese (herança genética, oriunda da Evolução)
Sociogênese (aprendizagens culturais, coletivas, sociais)
Ontogênese (experiência de vida de cada indivíduo, que o torna único).
Skinner é evolucionista e não creio em tudo que ele disse como é o caso da filogênese ou talvez ele interpretou mal. No entanto a sociogênese é fidedigna,pois é muito claro para nós entendermos que passamos por aprendizagens e somos o que somos porque o histórico de comportamentos acompanhados de reforços ( recompensas ) ou punições nos levaram a ter o comportamento que temos, até podemos chamar de personalidade.
Acreditar em Algo que não vemos é fé como a existência de Deus não pode ser refutada e nem provada pela Análise do Comportamento, e isso não altera em nada a eficacia da abordagem, então a questão é irrelevante.

Prosseguindo... Crer em Deus também é aprendizagem, é modelação e condicionamento.
-Aprendizagem: porque aprendemos a crer, nos ensinaram didaticamente a desenvolver espiritualidade.
-Modelação: é quando sobre condicionamento, e que repedidas vezes fazemos as mesmas coisas afim de recebermos recompensa ou exibimos comportamentos para não sermos punidos.
-Condicionamento operante:é Resposta - Consequência que no caso do crer em Deus significa que nossa resposta crer produz consequências, é uma ação determinada
por um contexto, mas que altera o contexto que a determinou.


Acredito que crer em Deus não é algo simples de explicar, não cremos como se fosse um passe de magica. Crer tem haver com nosso histórico de aprendizagens e reforçamentos.
Crer é cultural, uns acreditam em Buda ou Maomé e nós em Jesus Cristo, aprendemos a dizer não as culturas pagãs em detrimento do nosso crer sociogênese.

Prometo retomar a o tema e esclarecer melhor meu pensamento sobre crer em Deus, e acredite fizemos a escolha certa crer em Deus... Mas fica para o próximo post.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Economia de Deus! Um olhar comportamental.


A economia de Deus é a maneira pela qual Ele leva a cabo seus propósitos. A palavra grega para economia é oikonomia, composta de duas palavras — oikos, que quer dizer casa ou família, e nomos, que quer dizer lei. Economia, então, significa “lei da casa”, administração familiar. A economia de Deus é Sua administração familiar para levar a cabo o Seus propósitos eterno.

Sabemos de antemão que liberdade para o comportamentalismo não é compreendida como se compreende no existencialismo e outros pensamentos. No comportamentalismo se diz que: somos livre a medida que controlamos aquilo que nos controla.
Desta forma estamos inclusos dentro da economia de Deus, não presos a lei de seu plano eterno para que nos sintamos escravos, nem tão livres para que nos sintamos todo poderoso. Estamos numa relação com as contingencia deste mundo, aprendo a evitar o que é aversivo a sua vontade, porque também é aversivo a nossa vontade. Aversivo pela dor que nos causa ou que nos causou, esse comportamento será extinguido a medida que o desconforto nos ensine a não repetir. Pode se afirmar que adquirimos uma modelagem.
Essa modelagem não significa abaixar a cabeça e se tornar uma maquina da robótica, ao contrário o Todo Poderoso é quem insere as contingencia afim de que alcance o seu propósito. E, Seu propósito é nos fazer feliz, e não pensemos que é apenas evitar o que é aversivo, sua proposta é estar conosco na fogueira da aversividade.

Poderia se pensar que Ele é Bonzinho ou Mal talvez, mas é apenas probabilidade de ocorrer tal comportamento, não há certeza, há sim reforçadores operando para um comportamento desejado. É como as escrituras afirmam: "Eis que hoje eu ponho diante de vós a benção e a maldição." Dt. 11.26

O texto acima não esclarece exaustivamente economia de Deus, no entanto torna a claro o propósito de se incluir no obedecer, obedecer aqui é não ir contra o plano já proposto.
Não dá para mudar a direção do Sol, e nem mudar as fases da lua, o plano, a lei, o seu decreto é esse.E, porque questionamos a ordem da vida, a ordem da relação com Deus. Só reforços positivos e negativos para um propósito: Nos atrair para Ele mesmo.