segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PALESTRA

Tive o privilégio de falar sobre a Teologia Comportamental, na semana acadêmica de psicologia, do CENTRO UNIVERSITÁRIO FACVEST.

Agradeço ao nosso coordenador do curso professor Gustavo Volaco, pela oportunidade.

"Nunca andes pelo caminho traçado, pois ele conduz somente onde outros já foram." - Graham Bell

sábado, 13 de agosto de 2011

OS SETE PECADOS CAPITAIS ( Orgulho )



O primeiro a falar sobre os pecados capitais foi Evágrio do Ponto, viveu entre os monges do baixo Egito e seguia as idéias de Origenes. Da sua vivência com os monges, traçou as principais doenças espirituais que os afligiam – os oito males do corpo; esta doutrina foi conhecida de João Cassiano, que a divulgou pelo Oriente; mais tarde, o Papa Gregório Magno também ouviu falar nela, e adaptou-a para o Ocidente como os sete pecados capitais e reduzindo de 8 para 7 – a saber a soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça (à qual Evágrio chamara de acídia e tristeza).
Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais se trata de uma classificação de condições humanas conhecidas atualmente como vícios que é muito antiga e que precede ao surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano.

A proposta do blog e analisar cada um desces pecados. Confesso que não rabisquei nada sobre o tema apenas pensei sobre a semana em fazer uma análise sobre o tema, e assim como todo o blog é uma experiência estamos novamente colocando a prova teoria/empirismo sem fazer a teoria dizer o que não disse e muito menos adaptar a experiencia a teoria.

Primeiro pecado Soberba ( Orgulho )

Começo definindo Soberba: Orgulho excessivo, arrogância e vaidade. É aquele que olha de cima para baixo. O que quer ser o melhor da festa, quer aplauso é o que prefere reinar no inferno que servir no céu.Para Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial.
Costumo afirmar que Lúcifer é o pai do pecado orgulho.
"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Isaías 14:12-14

Afinal o que nos torna orgulhosos?
Os reforçadores mantém o comportamento orgulho.Como o ser humano não nasce com uma essência predestinada a ser orgulhoso ou não, devemos entender que essa classe de comportamento é reforçado por um condicionamento já existente, chamado de condicionamento de ordem superiores.
Ou seja alguém modelou o orgulhoso, esse alguém poder ser os pais, amigos e até mesmo o fato da sua ontogeneses,o ser humano teve aprendizagens para dominar.Sem contar que algumas pessoas por serem punidas durante longo período poderá leva-los a deslocar a punição a outros. ( Deslocamento: é um processo em que um comportamento com alta probabilidade que não pôde ser emitido, ocorre em um contexto similar, mas com baixa probabilidade de ser punido)
Esse deslocamento poderá ser executado conforme a necessidade individual e repertório que o satisfaça compensando o que não poderia fazer no ambiente que foi punido. Em resumo se diz que o chefe brigou comigo, logo deslocarei uma briga em casa, ou fui humilhado vou humilhar alguém. Se conta que Hitler foi maltratado quando criança pelos pais e veja o que gerou.

Muitos reforçam o orgulhoso, pois normalmente ele é durão, punitivo, e por isso um bom administrador. O reforço vem nos aplausos, elogios e para ele mesmo ser assim lhe rende benefícios, o orgulhos nunca entende que é orgulhoso ao contrário dirá que estão com inveja dele.

Spurgeon após receber um elogio ao seu sermão respondeu: Antes que você me falasse o diabo havia me dito antes.

O orgulho é uma classe de comportamento perigoso e por isso é um dos sete pecados capitais


OS SETE PECADOS CAPITAIS

ESSA SEMANA INICIAMOS UMA ANALISE DOS SETE PECADOS CAPITAIS.
AGUARDEM!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Caminhante da vida alheia ( minha autoria )

O caminhante da vida alheia
Tem sementes, e na mente semeia
De quem tem vida alheia
E o seu fruto devora depois da lua cheia

Notória paciência
O lucro da experiência
Viveu como anjo, o arcanjo de luz
Fotossíntese que antecipou a morte

Semeia na escuridão
Assoviando, faz a plantação
Prevê a maldade, é sem explicação
Apenas prazer na azararão

Oh! Odisséia eterna
Oh! O pródigo bastardo
No espaço já sem luz
Quer ser visto como estrela

Esperma que invade o útero da mente
Se torna real, no silencio da terra fértil
Enquanto cresce, vai caminhando
Alimentando a ficção

Roubando mais coração
O condenando sem dar satisfação
Trancafiando no inferno sem luz
Enquanto isso uma cruz

Oh! Luz que seduz
Que clareia a mente cheia
Das sementes do caminhante da vida alheia
E num sopro seu plano vira areia

Notória paciência
O lucro da experiência
Agora lançado na escuridão
Pela luz da sua mão

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Crer em Deus ( A escolha certa )




A escolha certa!Será que escolhemos crer em Deus? Porque chamo de "certa"?

É, temos um problema na abordagem comportamental em relação a escolha, como já comentado neste blog a escolha não é escolha baseado num desejo inato, mentalista ou na essência do sujeito. Para o existencialismo p.e. ser livre e escolher é uma condição ontológica do ser humano, sabendo de antemão que o homem está condenado a ser livre. Sempre suspeitei desta liberdade de escolha, mas nunca aceitei que não poderia escolher até que:
Até que li a história de Adão novamente: Lá está Adão no Éden, e junto com ele Deus.Quem é Deus para Adão? Será que ele nasceu desejando servir a Deus, no minimo na primeira vez que ouviu a voz do Todo Poderoso levou um susto. Imagino a pergunta de Adão: Quem é você? Enquanto experimentava os seus cinco sentidos Deus já explicava como foi parar ali.
Quando aprende sobre como sobreviver no Éden aprende também a conhecer o seu Criador, a saber; a sua economia ( Plano ).Conheceu a arquitetura Divina, Adão ouviu atentamente o que o manteria feliz ( sem estímulos aversivos ), soube sobre a queda de lúcifer e suas dores por desobedece-lo, etc.

O que temos aqui é um histórico de contingências reforçadoras para que Adão não exiba comportamentos que o faça sofrer. Mas então Adão escolheu sabendo das consequência?
Sim! As propostas da serpente para Eva e o envolvimento afetivo e cuidado parental com Adão foram mais convincentes ( reforçadores ). Essas contingência entrelaçadas foram decisivas na escolha de Adão e Eva, digamos que o condicionamento de Deus sobre ambos perdeu a força mediante um novo estimulo. Para Skinner o homem é livre a medida que controla as situações que o controlam. E no caso de Lucifer, o mesmo utilizou-se do comportamento verbal, hábil e conhecedor do comportamento humano, triunfou.

"Não há autonomia. Há pessoas na sociedade em busca de autonomia, autonomia essa que no minimo tem que se submeter a ética."

Toda escolha esta mediada pelos estado fisiológicos cerebrais sempre considerando o ambiente no qual está inserido. Lembrando da ontogênese, filogênese e sociogênese.
Toda a tradição da reflexão teológica sobre a complexidade do ato de crer é um exemplo da relação entre, pelo menos, estas três dimensões: intelectual, afectiva e prática. Tomás de Aquino se utilizou destas dimensões, na tentativa de fazer uma união entre fé e razão.

Nossa fé é intelectual, afetiva e prática. É pena que o mundo eclesiástico tem medo de por a prova sua fé, toda ciência é aversiva a estes. Este condicionamento foi baseado no medo, medo de não saber responder a razão de sua fé.
Por isso as igreja ainda é o império dos alienados.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Crer em Deus



A proposta deste blog é fazer uso da análise comportamental ( Behaviorismo radical )teoria essa não dada a subjetividade e portanto exige-se muito de quem está arriscando esse pressuposto. Ser ateu é muito normal dentro desta abordagem psicológica, difícil é ter crentes em Deus.
Muito bem eu creio em Deus!
Minha experiencia religiosa me gerou tal aprendizagem ( a minha sociogênese).Para quem não sabe, Skinner trata de três níveis de determinação do comportamento: Filogênese (herança genética, oriunda da Evolução)
Sociogênese (aprendizagens culturais, coletivas, sociais)
Ontogênese (experiência de vida de cada indivíduo, que o torna único).
Skinner é evolucionista e não creio em tudo que ele disse como é o caso da filogênese ou talvez ele interpretou mal. No entanto a sociogênese é fidedigna,pois é muito claro para nós entendermos que passamos por aprendizagens e somos o que somos porque o histórico de comportamentos acompanhados de reforços ( recompensas ) ou punições nos levaram a ter o comportamento que temos, até podemos chamar de personalidade.
Acreditar em Algo que não vemos é fé como a existência de Deus não pode ser refutada e nem provada pela Análise do Comportamento, e isso não altera em nada a eficacia da abordagem, então a questão é irrelevante.

Prosseguindo... Crer em Deus também é aprendizagem, é modelação e condicionamento.
-Aprendizagem: porque aprendemos a crer, nos ensinaram didaticamente a desenvolver espiritualidade.
-Modelação: é quando sobre condicionamento, e que repedidas vezes fazemos as mesmas coisas afim de recebermos recompensa ou exibimos comportamentos para não sermos punidos.
-Condicionamento operante:é Resposta - Consequência que no caso do crer em Deus significa que nossa resposta crer produz consequências, é uma ação determinada
por um contexto, mas que altera o contexto que a determinou.


Acredito que crer em Deus não é algo simples de explicar, não cremos como se fosse um passe de magica. Crer tem haver com nosso histórico de aprendizagens e reforçamentos.
Crer é cultural, uns acreditam em Buda ou Maomé e nós em Jesus Cristo, aprendemos a dizer não as culturas pagãs em detrimento do nosso crer sociogênese.

Prometo retomar a o tema e esclarecer melhor meu pensamento sobre crer em Deus, e acredite fizemos a escolha certa crer em Deus... Mas fica para o próximo post.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Economia de Deus! Um olhar comportamental.


A economia de Deus é a maneira pela qual Ele leva a cabo seus propósitos. A palavra grega para economia é oikonomia, composta de duas palavras — oikos, que quer dizer casa ou família, e nomos, que quer dizer lei. Economia, então, significa “lei da casa”, administração familiar. A economia de Deus é Sua administração familiar para levar a cabo o Seus propósitos eterno.

Sabemos de antemão que liberdade para o comportamentalismo não é compreendida como se compreende no existencialismo e outros pensamentos. No comportamentalismo se diz que: somos livre a medida que controlamos aquilo que nos controla.
Desta forma estamos inclusos dentro da economia de Deus, não presos a lei de seu plano eterno para que nos sintamos escravos, nem tão livres para que nos sintamos todo poderoso. Estamos numa relação com as contingencia deste mundo, aprendo a evitar o que é aversivo a sua vontade, porque também é aversivo a nossa vontade. Aversivo pela dor que nos causa ou que nos causou, esse comportamento será extinguido a medida que o desconforto nos ensine a não repetir. Pode se afirmar que adquirimos uma modelagem.
Essa modelagem não significa abaixar a cabeça e se tornar uma maquina da robótica, ao contrário o Todo Poderoso é quem insere as contingencia afim de que alcance o seu propósito. E, Seu propósito é nos fazer feliz, e não pensemos que é apenas evitar o que é aversivo, sua proposta é estar conosco na fogueira da aversividade.

Poderia se pensar que Ele é Bonzinho ou Mal talvez, mas é apenas probabilidade de ocorrer tal comportamento, não há certeza, há sim reforçadores operando para um comportamento desejado. É como as escrituras afirmam: "Eis que hoje eu ponho diante de vós a benção e a maldição." Dt. 11.26

O texto acima não esclarece exaustivamente economia de Deus, no entanto torna a claro o propósito de se incluir no obedecer, obedecer aqui é não ir contra o plano já proposto.
Não dá para mudar a direção do Sol, e nem mudar as fases da lua, o plano, a lei, o seu decreto é esse.E, porque questionamos a ordem da vida, a ordem da relação com Deus. Só reforços positivos e negativos para um propósito: Nos atrair para Ele mesmo.